sábado, 3 de janeiro de 2009

chad white



Parece que existe no cérebro uma zona específica, a que poderíamos chamar de memória poética, que regista o que nos encantou, o que nos comoveu, o que dá beleza à nossa vida. Desde que Tomás conhecera Teresa, nenhuma outra mulher tinha o direito de deixar a sua marca, por efémera que fosse, nessa zona do cérebro. Teresa ocupara como déspota a sua memória poética e dela varrera todas as outras mulheres. Não era justo porque, por exemplo, a rapariga com quem fizera amor no tapete durante a tempestade não era menos digna de poesia do que Teresa. (...) Em outras palavras, ela batia nas grades da sua memória poética. Mas as grades estavam fechadas. Não havia lugar para ela na memória poética de Tomás.

Só havia lugar para ela no tapete


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[Milan Kundera, A Insustentável Leveza do Ser]

2 comentários:

paulo disse...

outro perigo para a imaginação. quer o Chad quer o Kundera.
não sei se percebi bem, mas insinuas que alguém vai ao tapete... com o Chad? ou com a Teresa. que seja com o Chad, 'tá!


A Insustentável Leveza do Ser é dos meus preferidos de sempre!

heMan disse...

que seja o chad, sim, e de preferência numa luta greco-romana, para ser mais interessante :)

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